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sexta-feira, 16 de março de 2012

Ninguém quer jogar

Vou tentar versar
Vou me lembrar
Vou costurar ...

Fazer minha colcha
entre meus remendos
Minhas linhas, tanto da
escrita, como do balaio
são confusas

Tenho linhas velhas ...
No rosto marcado ...
No balaio, de remendos
puídos ...
Minha colcha .. tem remendos
bobos feitos as pressas ...
Nas linhas .. verdades mentiras,
na escrita ...
Na colcha manchada ... repousa versos
costumeiros .. costurados
No balaio ... linhas escuras ao acaso ...

O poeta alfaiate ... espetado pelas agruras
procura confuso .. suas agulhas ...
Entre seus míseros farrapos ... versos a dedicar
rasgado .. rasgando a alma em poesia ...
Chora sobre a velha e intrigante mania
de tentar, sem magia, se salvar ...

sulla fagundes

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