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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Não me importa

Se se teus olhos, não me olhem
fixamente
Meu contentamento reside, onde
eles passeiem, mesmo que as vezes
em mim repouse dengoso

Não me importa do que me chame
Contanto que me chame, mesmo que
por instantes ...
Não me importa quantas vezes me ame
Mas que derrame sobre mim., teu incenso
insano

Teu cravo onde cravas as unhas e urras
louca suando, espasmada deitada, nua
Naquela nudez, que somente eu sei o cheiro
Nudez, inundada de segredos,
Só a mim revelados, na minha boca, velados,
Isso nem tu me tiras, nem em juras

Teus beijos ... tua saliva ainda moram
nas minhas coxas, trancados
Quando minhas pernas cruzo, num último
orgasmo a ti proporcionado

Sulla Fagundes

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