Total de visualizações de página

terça-feira, 12 de julho de 2011

súplica

vai coração ladino
siga a perseguir aqueles olhos
vai desesperado diga que já nem existo
conte das madrugadas que a ti disparo
conte que meus olhos sem vida ainda chora
vai coração bandido
invente algo que remova, comova, siga
convença que já nem sei sorrir
vai com fervor, fale dos detalhes
que nunca mais esqueci...
peça implore se preciso for ...
conte que me alimento do desejo do sonho
que ainda imagino suas mãos a desabrochar
meus botões confusos
conte ainda que morro a cada dia, a cada instante
num desespero, diga a ela que choro
que nua nos lençóis aqueço seu lugar vago ...
que durmo com seu travesseiro entre minhas coxas
diga ainda mais que não existo mais ...
que só me falta enterrar meu corpo ainda em brasa
de saudade
vai depressa antes que nem haja tempo de confessar
que a amo mais que a própria existência ...
que perdi os sentidos
vai e diga a ela pra voltar nem que seja eu me humilhar
entrega-me mais uma vez entre suas coxas alvas
e dormir entre seus seios fartos ...
vai depressa coração que só sabe ama-la
... leve um suspiro quente ao ouvido, um sussurro
de desejo antigo, amordaçado ...
vai antes que a vida me falte leve essa poesia
.... em versos amarelados pelo tempo ... entre súplicas
diga que confesso, amo, como a mais ridícula criatura
leve esse versos ridículos, nessa carta de amor ...
(sulla fagundes)

Nenhum comentário: