sonho
que se sonha junto
realidade se torna
se sonhado direito
mesmo que a realidade
seja luta nada curta ...
seja de gente valente
com agressões e protestos
coisa que para mim faço pouco
nem ouço sou de guerra ...
na batalha sentinela posto
que ocupo ...
com a minha adaga, nos moinhos
de vento, ainda invento e vento,
nessa ventania ainda guerreio em casa...
(sulla fagundes)
Na gargalhada do amanhã
onde o engano sonhou
como o palhaço na lona
onde o derradeiro riso
era de criança ainda
o siso ainda ria
no rosto de cera
o coração pulsava alguns
enganos ...
havia um repente de esperança
havia promessas vãs ...
contrariando o obvio
havia a vontade de mudar as cartas
a esperança de mudar o traço do destino
havia mais poetas ainda ...
na linha do amor confundido
havia paixão na canção
beijos num portão torto ...
havia a vontade de mudar um pouco
fazer a boneca da moça sorrir
trazer a menina cirandeira ...
que as tardes fossem mais longas
que os sonhos existissem
que Deus ainda perdoasse
tais enganos ...
(sulla fagundes)
Sou uma mulher
Não sou menina
Não sou criança
Sou mãe de uma linda moça
mas só a ela amamento ...
Sou mulher
Forte de voto e veto
Sou mulher berros
ou caminhamos ou fica para trás
Volte como feto uterino
Amanheço na luta
Durmo entre um cansaço e outro
Quando posso o pão é fresco
se não faço torradas
Caminho entre maus espinhos
de pés calejados .. esmago-os
Sou uma mulher
Valente
me desorienta quando recuo
para o ataque ...
Minha maior estratégia é o Avante...
Morro lutando ...
Não morro nos braços da paz
que conheço ...
morro pela paz que mereço
(sulla fagundes)
Nenhum comentário:
Postar um comentário