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segunda-feira, 4 de abril de 2011

Mascara

Morri antes
Morri tantas vezes
Amanheço no entanto

Adormecida ainda chego
Me atraso pela manhã
Atordoo a madrugada
Brinco na chuva

Me atiro de telhados
Quebro os de vidro
Estraçalho vidraças
Fujo de mim

Na tormenta ainda luto
Sem armas sem escudo
Tenho entalado o grito de guerra
Faço meros versos

Tentando fazer poesia
Tenho serventia
Amo em demasia
Intensa caminho sozinha

Cheia de sonhos ainda sou
Guardo traços da infância
Guardo nos olhos algumas mágoas
Não as derramo envergonhada

Danço nos salões de antes
Não persigo sem acreditar
Na sala faço planos
No quarto meus enganos

No baú meus remendos ...
Guardo fotografias ...
Nelas comparo o tempo
Aguardo mais primaveras
que antes ...

(sulla fagundes)

2 comentários:

telegrama.blogspot.com disse...

Belo poema!
Parabéns SULLA FAGUNDES.
Um Rio de beijos

telegrama.blogspot.com disse...

Belo poema!
Parabéns SULLA FAGUNDES.
Um Rio de beijos