Total de visualizações de página

terça-feira, 13 de março de 2012

JOÃO REZA POR CHUVA

Assanhada, Maria sai de casa
João na lida, na roça, sem água,
a terra sofre
Sem João, Maria enfeita o pecado
Como moinho de vento, assanha
José
João só na colheita, farta, pensa
Maria, enfeitada, no pecado se afoga

A terra sonhada de João, não molha
Maria molha a camisola, suando a cada
poro
Afogado nos poros dela, José esquece
João
Amigo, irmão dela vicia, joga um terço
sobre a cama
Deita Maria, a mercê do seus desejos
Ela a própria fúria profana, João a
repousar os olhos no horizonte, clama
por chuva,
A pensar no custo dos apetrechos e enfeites
de sua Maria.
Na dura lida, satisfaz José, no corpo ostentado
entre enfeites perfumados .. que lhe cansa os
braços e rezas por chuva
Em brasa, logo ali tão perto, queima Maria em
suores desejados, entre pernas, obtusas


sulla fagundes

Nenhum comentário: