Num gemer de madrugada
Assemelhando-se a nada
Aquele abraço que não
percebestes ou não quisestes
dar, como alivio
O ventre que o pariu partiu
Na dor aguda irremediável
Lembranças de tantas vezes
que nada dissestes
Ocupados demais, com frissons
que a vida proporcionara
Dor indesejável causaste ao amor
a ti dedicado ...
A matriarca olhava seu belo presente,
Ausente demais entre horas, dias, anos...
Quantas noites, aposta, estava a espera
Numa preocupação de arder a alma ...
A Deus rogando pedindo aos anjos que
de ti cuidassem...
Onde estas agora...
Tua lágrima impulsiona a memória
a pedir uma palavra ...
As tais que nada, naqueles tais dias,
ouvias
Vai ficar tudo bem ... amanhã será um novo
dia ...
Estou aqui deite-se durma ...
Tão simples as afirmações, antes tão vãs,
a toa ... jogavas ao vento ...
Agora onde estão as auroras?
Na janela, ninguém realmente a tua espera,
Sem nada pedir... apenas que voltasses
Sãos e salvos para casa ... num regresso
Consciência não cabe remediar ...
Os sais não existem ... no empório
(sulla fagundes)
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