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terça-feira, 12 de julho de 2011

Vamos continuar

mesmo amputados
mesmo perdendo
mesmo alucinados
mesmo revoltados

mesmo que nada alivie
escritos perdidos
mesmo que nada conforte
mesmo que o tempo conserve
mesmo que nada compense

compreende a poesia
os versos perdidos
refazendo na refazenda
entre remendos desafinados

mais uma letra versada ...
continuando com poesia que salva
preso entre absurdos sem respostas
se imagens estão ai expostas

mesmo que o entendimento
não favoreça ... ainda se pode
na liberdade da hora descrever
a intimidade das ofensas sofridas

entre as gargalhadas de alguns poucos,
podemos escrever versado ...
é livre a resposta escrita ao entendedor ,
na saliência de quem apenas denuncia ...
que pena os cabe ...

pena se tem e se dá aos secos
de alma ...
morto sem calma de bruços soluça
entre ridículo, céticos e obtusos ...
sobrevive o poeta na poesia que ainda
o salva ...

(sulla fagundes)

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