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terça-feira, 12 de julho de 2011

TRÊS POESIAS DE SULLA FAGUNDES

Rosto
restou o rosto
nem o gosto
resto que a mente esquece
rosto
sem encanto sem olhos
roto
resto marcado pelo tempo
sem vida sem expressão
rosto mais resto que rosto
roto ... rosto ...
num riso sem boca cínico
rindo do abismo causado
entre versos e canções ...
(sulla fagundes)




verdades
dizem os manipuladores
dela verdades são transformaveis 
verdades... são verdades ...
minha verdade calada é meu ser
sempre velado ...
palavra que fala por si 
verdades 
são absolutas aos que nela 
fazem moradia 
não cabe arremate
traz a sabedoria os dogmas
que fez desse humano pleno inteiro
dela 
verdades... formam seus filhos paridos
grandes seres humanos ...
fincado na terra com pés calçados 
ou não
verdades ditas cantadas 
verdades manipuladas fazem dos seus filhos
de ventre 
mentiras humanas .... ambulantes 
(sulla fagundes)




Ainda


entre guardados
o antigo pinho
mudo
esquecido num canto
sem cordas
o velho pinho amado 
abraçado a ele ao teu
ouvido num sentir amargo
ainda guardo aquelas canções
aquelas
apaixonado cantava a te encantar
naqueles olhos como espelho 
brilhando ao ver-me ao pinho
a amar-te em canções no final 
das tardes
tarde
se faz até pra lembrar do quão 
imaturo fui ao me deixar enganar
aconchegado as tuas saias ...
sem babados sem nada ...
enfeitava-me os versos num verão
tão quente ...
das tua reais mentiras ....
(sulla fagundes)

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