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terça-feira, 12 de julho de 2011

Malas (do falso amigo!)

nela o conteúdo
seu mesquinho dono
e seus danos...
malas e baús vazios
emoções ou devaneios 
malas
as quais de tanto mal uso
as alças e alçapões romperam
num porão abandonado 
fantasmas
os quais assombram ninguém
não há nada lá 
apenas o assombrado dono das malas
vazias e frágeis 
o medo da descoberta do nada guardado
numa fotos antigas lembranças
que a ninguém move ou remexe 
fotos mofadas de um passado esquecido
colecionador de enganos em fotos fatos
que inventa
malas
pobres baratas e ratos inquilinos assombrosos
na madrugada...
entre palavrões desesperados o tal dono das malas
morre entre invejas e descasos solitários ...
num lampejo horroroso ainda se fala do dono
... das fatídicas malas ... que nem convém repetir...
malas
vazias de segredos que ninguém jamais quis saber


(sulla fagundes)

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