Total de visualizações de página

terça-feira, 12 de julho de 2011

Eu desatinada

que se desmanche o desmanche
que a vida me abandone
a noite não amanheça
o sol não me aqueça o riso perca os dentes
que alma emudeça
naturalmente mentem os versos do poeta
que acordado ainda sonha
que o samba perca a cadencia
que matem o mestre sala
que eu não veja a cidade acordada
que o enredo não faça jus ao samba
vendaval debochado arrebente as alegorias
do tempo perdido ...
desatinada eu
sambando ainda na palma da mão ...
que o desmanche final
nunca arremate a colcha que desmanchei
os tais lindos babados ...
partindo normalmente dum sonho
que desatinada
aprendi a acordar afinal ...
sambando desatinada na palma da mão

(sulla fagundes)

Nenhum comentário: