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sexta-feira, 11 de março de 2011

Escorrego

Na tua ribanceira 
me comovo como 
verso de amor 
me devolvo a ti
como noite, lança-me
estrelas... a me enfeitar
sem medo me derreto
cometo todos os pecados,
aos quais me submetes
como gueixa me deixo 
despir numa aceitação
resignada 
me deixas tonta 
eu quase não sei
negar-me aos teus apelos
escorrego
na tuas mãos, na ante véspera
do êxtase que me completa 
entre tuas pernas te suplico 
entre meus dedos te deleitas
entre gemidos surdos 
matamos a razão 
dos nossos espasmos,
numa paixão de enlouquecer
o alcorão , emudecer as carolas ...
ruborizar os leitores do cama sutra 


(sulla fagundes)

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