Brincando com o tempo, guardado na bolsa ...
Trazia na carteira, em salários, notas altissimas,
Maiores até, que aquelas conseguia como soprano
Um carnê, em longas e interminaveis prestações
mensais
Esticava-se toda,a qualquer ruga imaginária
Perguntava ao tempo, o porquê passava para ela,
naquela rapidez desajustada
Comprou o relogio da praça, da cidade, para
poder atrasar, meia hora, a cada hora inteira
Bela mulher, porém, inespressiva entre joias
e caros vestidos ...
Um cordão de amores bandidos tão lindos como
as cuvas do seu corpo ...
Cabelos negros, e olhos tão negros naquela parceria
Bela mulher entre crises e rugas imaginárias ao
espelho
Passou-se anos a fio, naquele desassocego ...
Não via o passar do tempo, canção linda, porém breve
como tudo que é bom
Ostentava todas as joias que podia, numa auto estima
doentia ...
Amantes, free laces, os quais alimentavam sua vaidade
Numa manhã, injusta, em plena euforia, pára seu coração,
Aos oitenta e poucos, cansado de bater em vão...
Cheio de irá, sem razão , morrera com fome de paixão ...
E ela, tão bela, e tão dela o medo, de envelhecer ...
dormia sem jamais ter amado nem um dia ...
sulla fagundes
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