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sexta-feira, 23 de março de 2012

A MULHER QUE NÃO SABIA ENVELHECER

Brincando com o tempo, guardado na bolsa ...
Trazia  na carteira, em salários, notas altissimas,
Maiores  até,  que aquelas conseguia  como soprano
Um carnê, em longas e  interminaveis prestações
mensais

Esticava-se  toda,a qualquer ruga imaginária
Perguntava ao tempo, o porquê passava para ela,
naquela rapidez desajustada
Comprou  o relogio da praça, da cidade, para
poder  atrasar, meia  hora, a cada hora inteira

Bela  mulher, porém,  inespressiva  entre  joias
e caros vestidos ...
Um cordão de amores bandidos  tão lindos como
as cuvas do seu corpo ...
Cabelos negros, e olhos tão negros naquela parceria

Bela  mulher entre  crises e  rugas imaginárias ao
espelho
Passou-se  anos  a  fio, naquele  desassocego ...
Não via o passar  do tempo, canção linda, porém breve
como  tudo que é  bom

Ostentava todas as  joias que  podia, numa  auto estima
doentia ...
Amantes,  free laces, os  quais alimentavam  sua vaidade
Numa manhã, injusta, em plena euforia, pára  seu  coração,
Aos oitenta e poucos, cansado de bater em vão...
Cheio de irá, sem razão , morrera com fome de paixão ...
E  ela, tão bela, e tão dela  o medo, de envelhecer ...
dormia  sem jamais  ter amado nem  um dia  ...

sulla fagundes

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