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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Assim segui-se

como se nada nem nunca
tivesse havido
coisa fosca como se nunca
o brilho tivesse existido

não queima nem dói
nada como o vago vagueando
como o cego tateando
não corroe

nem morei na casa de cômodos
nem no quarto entrei
no bar não me sentei
na sala de estar, não estive

desligado
sem medo, sem temor, nada
do tudo que amedrontava
não corou nem empalideceu

assim segue-se frio
dum calor que queimava
a hora inteira
nem morno frio de abraçar

era quente como o pecado
desse lado
nada consta nos murais
nas camas tampouco nos lençóis

(sulla fagundes)

Um comentário:

Sulla Fagundes disse...
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